Hoje, 22 de Março, é Dia Mundial da água, uma data institucionalizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992, com o intuito de que pessoas, instituições e Governos possam reflectir sobre a importância da preservação desse recurso.
A água é um bem essencialmente primordial para a vida no Planeta terra. A sua importância incide desde o abastecimento para as populações, no desenvolvimento socioeconômico e é transversal a todas as actividades da vida humana e várias espécies dependem dela para a sua sobrevivência.
A Universidade Internacional do Cuanza, incentiva o uso responsável da água em todas as instâncias de maneira a garantir que esse recurso esteja disponível para o presente e para as futuras gerações. Evitar derreamentos de água ao chão é impedir o desperdício desse bem necessário à vida.
Angola possui uma rede hidrográfica densa e bastante complexa. Tem 47 bacias hidrográficas principais. Contudo, dados indicam existir um elevado índice de seca no Sul do país por causa dos fenómenos associados às alterações climáticas cada vez mais frequentes e preocupantes. Nessa senda, assumiu o compromisso, alinhado com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial ODS 6 Água e Saneamento, das Nações Unidas, de trabalhar no sentido de cumprir as metas estabelecidas.
Para tornar esses objectivos efectivos, deve ser não somente intenção do Governo, mas de todo o cidadão compromisso de abraçar este objectivo, o seu envolvimento é essencial para que o propósito seja atingido.
Uma série de factores, tais como o crescimento da população a um ritmo que pressiona, directa ou indirectamente, os níveis de produção e consumo de água, precisa de fortalecimento das variáveis que asseguram o consumo regrado do precioso líquido.
Na província do Bié, nasce o maior rio de Angola, o Kwanza, que dá nome à primeira Universidade Internacional em Angola, a Universidade Internacional do Cuanza. É no Mumbué onde nasce, um flúmen de 960 km de extensão que é navegável e cuja a bacia hidrográfica sustenta três (3) barragens hidroelétricas.
Apesar dessa grande riqueza, muita gente percorre longas distâncias para a aquisição da água porquanto o abastecimento é desigual. Se por um lado é notável a despreocupação no uso da água em certas pessoas, outras a conseguem com muito sacrifício.
Reconhece-se, nos últimos anos, melhoria na qualidade do serviço de abastecimento de água tanto nas zonas urbanas como nas áreas suburbanas e nas zonas rurais.
Estima-se que cerca de 60 por cento da população em Angola, tem acesso à água potável, e a preocupação do Executivo é aumentar a taxa de acesso nas zonas urbanas, que viria atingir 85 por cento até 2022. No que concerne à população das zonas rurais, a meta era atingir uma taxa de 80 por cento, até o ano passado.
Existem actividades humanas responsáveis pela poluição de grande parte das fontes de água, nomeadamente rios, lagos e represas, que não ajudam na garantia de um meio em que a água em condições de consumo não seja um privilégio de apenas poucos.
As alterações climáticas, são uma realidade que se acentuam com grande impacto nos países em vias de desenvolvimento, como no caso de Angola que constitui outro grande empecilho e ameaça às fontes naturais de água. O garimpo de água em vários pontos do país tem facilitado o derramamento do líquido de maneira descontrolada.
O mal aproveitamento da água tem causado a perda de milhões de metros cúbicos. Apesar de ser um recurso natural, a água é esgotável. Embora o mundo não viva uma crise de escassez em termos absolutos, estudos apontam existirem regiões onde a escassez do líquido mudou completamente a perspectiva de vida.
Em Angola, províncias como Cunene e Namibe, por exemplo, vivenciam há alguns anos uma realidade de seca severa. Em várias localidades a população percorre longas distâncias para alcançar este recurso de extrema necessidade para a vida.
Nesse Dia, a UNIC incentiva às reflexões em torno da gestão sustentável da água a partir das comunidades. Independentemente da quantidade de bacias hidrográficas que a Angola tem, o consumo racional é vital para preservar a continuidade de vida desse bem precioso para o presente e as gerações futuras.
Deve ser responsabilidade de todos observar as questões relacionadas à preservação e conservação do precioso líquido assim como bloquear os problemas que atrapalham a qualidade da água ou dificultam a existência da mesma. Usar a água de forma racional e económica durante as actividades quotidianas, bem como garantir a sua reutilização. Isso deve suceder quando há abundância.
Hoje, acontece a Conferência das Nações Unidas sobre a Água, em Nova Iorque, Estados Unidos da América, com o lema: Acelerando Acção Rumo ao Futuro Sustentável, um encontro de alto nível que reúne líderes políticos e especialistas de vários países, no intuito de discutir soluções mais eficazes para a gestão sustentável dos recursos hídricos, assim como garantir o acesso a água para as comunidades. Angola participa dessa cimeira, como representante do Chefe de Estado, foi aos EUA o Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
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