Os profissionais médicos de Angola estão pedindo melhorias nas condições hospitalares para melhorar o atendimento à população.

Por ocasião do Dia do Médico, celebrado em 26 de janeiro, Feliciano Chilunga, médico do setor de saúde, faz uma avaliação positiva das atividades do grupo ao Jornal de Angola, embora enfatize a falta de materiais: “falta-nos material gastável e estímulos para pesquisa. Verificamos uma desproporção do rácio entre médicos e pacientes, nos nossos hospitais”.

Com o objetivo inerente de atender às necessidades dos pacientes, Feliciano Chilunga aponta que o compromisso dos profissionais no atendimento contribuiu para a diminuição dos indicadores de mortalidade no país.

“Nós, os médicos, vivemos também momentos dramáticos, quando perdemos pacientes, familiares e colegas. De certa forma, cria-nos um sentimento de tristeza no nosso seio”, observou Chilunga.

Com relação à pandemia de Covid-19, um problema global, os médicos têm sofrido com condições de trabalho intensas. “Abordamos pacientes num estado crítico e é difícil ver pacientes entre 40 e 45 anos com dificuldades respiratórias. Pior é saber que aquele paciente tem uma alta probabilidade de morrer, por causa da Covid-19”, explicou Sheila Gonçalves, uma especialista em pneumologia.

A médica denuncia que a profissão não carece de importância suficiente no país africano. 

“Não existe algo bem definido, que se vislumbre da carreira médica e que todos temos quando saímos de uma Faculdade de Medicina. Profissionais de outros países ascendem na sua carreira, mas, aqui, ficamos limitados”, disse ela para esclarecer que na classe médica não é possível imaginar uma carreira nos próximos cinco, dez ou vinte anos.

A Universidade Internacional do Cuanza (UNIC) oferece diferentes programas universitários na área de saúde e nutrição. Um dos cursos oferecidos é a Licenciatura em Enfermagem.

Fonte: Classe médica quer condições nos hospitais para a melhoria da assistência à população

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