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Reflexão sobre o continente africano

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Os novos desafios para o desenvolvimento da África

O 25 de Maio se celebra o Dia de África, instituído em 1963, com a criação da Organização de Unidade Africana (OUA), actual União Africana, no intuito de defender e emancipar o continente.

Este dia recorda a luta pela independência do continente africano, contra a colonização europeia e contra o regime do Apartheid, assim como simboliza o desejo de um continente mais unido, organizado, desenvolvido e livre.

Por causa dessa celebração, a Universidade Internacional do Cuanza (UNIC) faz uma reflexão do que foi o continente berço e os desafios que se impõem para o seu desenvolvimento.

Recorde-se que o continente africano foi colonizado por mais de 500 anos, o que atrasou muito o seu desenvolvimento social, económico, cultural e até mesmo político. Hoje, a África é pois o continente menos desenvolvido, com maior índice de pobreza, desnutrição, doenças e com um estilo de vida abaixo da realidade de outros continentes.

Grande parte dos problemas que se vive no continente, em suma, deve-se a colonização, porquanto os próprios africanos não tinham autenticidade de governar os seus países e gerirem os seus recursos naturais. Tudo de bom que o continente oferecia era maioritariamente usado para beneficiar os países ou interesses dos colonizadores.

O continente africano possui muitos recursos naturais que podem impulsionar no seu desenvolvimento. Contudo, ter recursos não é suficiente, pois, os líderes devem ser firmes e determinados no concernente ao impulso para o desenvolvimento do continente.

Desafios dos governos africanos para o século XXI

Consolidar a legitimidade interna e cooperar activamente na construção do Estado-Nação (nation-building);

Reduzir a pobreza e a exclusão social;

Garantir a segurança e promover a confiança;

Equilibrar os custos e os benefícios da transformação para um desenvolvimento inclusivo e da integração nas áreas social, política, económica e institucional.

Para enfrentar estes desafios, estas sugestões são indispensáveis:

Melhor prevenção e gestão de conflitos;

Governação democrática e gestão transparente;

Tolerância para a diversidade política e cultural;

Respeito pelos direitos humanos;

Promoção do papel da mulher em todas as actividades;

Economias de mercado socialmente orientadas e responsáveis;

Legislação e instituições adequadas a um desenvolvimento de rosto humano;

Governabilidade e transparência, incluindo, códigos de conduta e declarações de património para os dirigentes a nível central, regional e local; fortalecimento dos serviços de inspecção;

Desempenho efectivo, com independência dos poderes políticos, da Alta Autoridade contra a corrupção, dos vários Tribunais e dos Comissários para a fiscalização dos direitos humanos.

A educação é um factor determinante para o desenvolvimento de um país ou continente. Nesta senda, a Universidade Internacional do Cuanza (UNIC), em Angola, aposta na formação de quadros, que posteriormente terão grandes contribuições no desenvolvimento do continente africano.

A UNIC está preocupada não somente em formar, mas também em desenvolver um espírito crítico sobre a realidade actual, ajudando na resolução de problemas.

Fonte: Revista angolana de ciências sociais

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