No mundo do trabalho atual, fala-se muito em burnout, um fenômeno causado pelo estresse e por longas jornadas de trabalho. No entanto, existe um “irmão gêmeo” dessa síndrome, o tédio, que tem efeitos igualmente devastadores sobre a saúde mental dos funcionários e a produtividade das empresas. Essa síndrome, causada pelo tédio crônico no trabalho, pode ser tão prejudicial quanto o estresse excessivo. Entretanto, suas consequências geralmente passam despercebidas.
O que é boreout?
O tédio é caracterizado pelo tédio constante e pela sensação de que o trabalho que está sendo feito não tem propósito. Embora seja normal ter dias em que não estamos totalmente motivados, quando esse sentimento dura semanas ou meses, ele pode ter efeitos graves. De acordo com a professora Lotta Harju, especialista em comportamento organizacional, o tédio é a experiência de trabalhar sem propósito. Essa falta de motivação não só reduz o compromisso dos funcionários com a empresa, mas também afeta seu bem-estar físico e mental. Como resultado, a rotatividade aumenta e a produtividade diminui.
Consequências do tipo burnout
Embora possa parecer que o tédio não gera estresse, vários estudos mostram o contrário. Pesquisas da Eastern Mediterranean University e do Finnish Institute of Occupational Health revelam que o tédio crônico pode ter efeitos semelhantes ao estresse relacionado ao trabalho. Esses efeitos incluem depressão, ansiedade, fadiga e problemas de saúde relacionados ao trabalho. Além disso, os funcionários que sofrem de tédio têm maior probabilidade de procurar outras oportunidades de trabalho e de se aposentar mais cedo. Consequentemente, a empresa também é afetada pela rotatividade de pessoal e pela redução da produtividade.
O impacto psicológico do tédio
Os efeitos psicológicos do tédio são alarmantes. Um estudo realizado na Universidade de Mersin mostrou que os trabalhadores que sofrem dessa síndrome têm maior probabilidade de apresentar sintomas de depressão, ansiedade e estresse, o que pode levar a um ciclo destrutivo. Muitas vezes, os funcionários tentam compensar o tédio procurando maneiras de se sentirem produtivos, o que aumenta ainda mais o nível de ansiedade.
Um assunto tabu nas empresas
O tédio continua sendo um tema pouco discutido em muitas organizações. Ao contrário do burnout, que geralmente é reconhecido como um problema sério, o tédio no trabalho geralmente é minimizado ou ignorado. Entretanto, os funcionários que sofrem de tédio não se sentem à vontade para falar sobre sua falta de motivação por medo de serem vistos como desmotivados ou até mesmo demitidos. Essa falta de comunicação pode criar um círculo vicioso que piora a situação tanto para o funcionário quanto para a empresa.
Como evitar o boreout
Para evitar o boreout, é essencial que tanto as empresas quanto os funcionários adotem uma abordagem proativa. Mudanças pequenas e constantes nas tarefas, bem como a busca de novos desafios e oportunidades em cada cargo, são fundamentais para manter a motivação elevada. Além disso, o treinamento contínuo e o desenvolvimento profissional desempenham um papel fundamental, pois permitem que os funcionários evoluam, assumam novas responsabilidades e evitem a monotonia.
Continue seu treinamento profissional
O tédio afeta tanto a saúde mental quanto a produtividade no trabalho, portanto, é fundamental ter ferramentas para melhorar o ambiente de trabalho. O Mestrado em Consultoria e Desenvolvimento Organizacional lhe dará as habilidades necessárias para gerenciar mudanças, otimizar a produtividade e promover o bem-estar nas empresas. Ao estudar esse programa, você desenvolverá estratégias que abordam problemas como o tédio, preparando-o para impulsionar sua carreira e gerar um impacto positivo nas organizações.
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