homas André Prola, professor e pesquisador em Tecnologias na Educação na Universidade Europeia do Atlântico (UNEATLANTICO), parte da rede FUNIBER, e também vinculado à Universidade de Barcelona, aborda um tema crítico em seu recente artigo: a falta de preparação dos adolescentes sob tutela para navegar com segurança no ambiente digital. Sua pesquisa destaca como a vulnerabilidade emocional e social desses jovens se transfere para o ambiente digital, expondo-os a riscos significativos.
Desigualdade no acesso digital
Embora os centros residenciais busquem normalizar a vida dos adolescentes sob tutela, permitindo-lhes usar as redes sociais como qualquer outro jovem, essa igualdade formal não leva em consideração as desigualdades estruturais. Os jovens institucionalizados geralmente têm menos recursos emocionais, educacionais e tecnológicos, o que os coloca em desvantagem em relação aos seus pares.
Prola identifica cinco fatores-chave que influenciam essa vulnerabilidade: o ambiente familiar anterior, a saúde mental, o acesso à tecnologia, o nível de alfabetização midiática e a rede de contatos. Sem abordar essas dimensões, as redes sociais podem se tornar “espelhos distorcidos” que agravam as feridas emocionais desses adolescentes.

Rumo a uma solução educacional
Para abordar esse problema, Prola propõe incorporar o conceito de vulnerabilidade midiática nas políticas públicas. Isso implica estabelecer critérios pedagógicos comuns, treinar equipes educacionais em alfabetização digital e criar protocolos de intervenção. Além de reorganizações políticas ou aumentos orçamentários, é fundamental oferecer uma orientação crítica e educacional para garantir que as redes sociais sejam uma ferramenta de empoderamento e não um espaço de precariedade.
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Fonte:
The Conversation